O Palácio Imperial de São Cristóvão, localizado nos jardins imperiais chamados de Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, estão em estado lamentável.
No dia 31 de outubro de 2009, a equipe do Escritório da Associação Causa
Imperial no Rio de Janeiro fez uma visita ao Museu Nacional, para documentar o
estado em que se encontra esse prédio histórico, que foi residência de D. João I, de D. Pedro I e de D. Pedro II, até 1889.
O Palácio que abriga a maior instituição de Ciências Naturais da América Latina, assim como uma das mais importantes coleções de múmias do mundo, situa-se na Quinta da Boa Vista, no “Imperial Bairro de São Cristóvão”, nome oficial reavivado pelo prefeito Cesar Maia.
Fotografando e analisando as instalações do Museu, verificou-se que além de totalmente descaracterizadas, não existem atrativos, e a má conservação não corresponde à sua importância histórica. O Museu é mal iluminado, com pouca segurança, infiltrações, cupins, e tantos outros problemas. As paredes e tetos de grande parte das salas eram decorados com afrescos, que hoje estão todos cobertos por 120 anos de “tintas” que tentam apagar nossa memória.
O Palácio que abriga a maior instituição de Ciências Naturais da América Latina, assim como uma das mais importantes coleções de múmias do mundo, situa-se na Quinta da Boa Vista, no “Imperial Bairro de São Cristóvão”, nome oficial reavivado pelo prefeito Cesar Maia.
Fotografando e analisando as instalações do Museu, verificou-se que além de totalmente descaracterizadas, não existem atrativos, e a má conservação não corresponde à sua importância histórica. O Museu é mal iluminado, com pouca segurança, infiltrações, cupins, e tantos outros problemas. As paredes e tetos de grande parte das salas eram decorados com afrescos, que hoje estão todos cobertos por 120 anos de “tintas” que tentam apagar nossa memória.
Brasão do Imperador do Brasil Dom João I (Dom João VI de Portugal)
Apesar de tudo, foi possível fazer uma análise crítica e histórica do o palácio. O Jardim das Princesas, nome dado ao jardim no qual D.Leopoldina e D.Isabel - filhas de D.Pedro II - costumavam passar algum tempo do dia, possui um trabalho de mosaico com cacos de porcelana e conchas, possivelmente feitos pela Imperatriz D.Thereza Cristina, sendo cercado por grades que levam a Coroa Imperial junto à sigla P2º (Pedro II). Hoje o jardim se encontra totalmente abandonado e descaracterizado, e os trabalhos em mosaico estão se perdendo. Por dentro do palácio, que possui todas as suas janelas com sacadas, foi possível descobrir, entre as sacadas que dão vista para o Jardim das Princesas, uma que é única e possui características monumentais, duas colunas com larga circunferência além de um belo trabalho de estuque simbolizando os dragões dos Bragança, a coroa Imperial e novamente a sigla P II. Deduziu-se então que seria essa sacada um ponto de onde D.Pedro II observava suas filhas nos seus momentos de lazer no Jardim construído especialmente para elas.
O Que restou do Jardim das Princesas
No lance que segue abaixo do Jardim das Princesas, existem duas construções que parecem ser oratórios: um deles imita rochas e raízes de árvores que se fixaram nas paredes e o outro imita uma gruta com Estalactites. Essas duas construções ficam localizadas num ponto impressionante de onde é possível ver grande parte da Quinta da Boa Vista (a parte de cima, que é o Jardim das Princesas possui, uma espécie de píer). Concluiu-se que estes espaços seriam oratórios, pelo fato de seu formato lembrar um altar-mor e no seu interior existirem pequenas cavidades nas paredes onde poderia ser colocadas velas e ainda cavidades onde poderiam ser colocadas imagens.
Nos fundos do Palácio foi encontrado um túnel, cujo destino não é possível saber. Uma informação que não se encontra em livros é sobre o sistema sanitário da residência imperial. Na lateral oposta à do Jardim das Princesas, ainda existe a fossa utilizada na época, possuindo suas paredes lacradas e cerca de 4 metros de profundidade, além de estar localizada numa área que não possui rios ou lagos, evitando a contaminação fluvial e dos lençóis freáticos.
Existem ainda muitas outras partes do Museu que não são abertas à visitação, onde funcionam também os setores de graduação da UFRJ e que guardam relíquias da nossa história, das quais um exemplo curioso é uma sala do torreão esquerdo da fachada do palácio, que ainda possui vitrais riquíssimos da época de nossos imperadores, e que possivelmente foi uma capela.
Teto dos aposentos da Imperatriz Teresa Cristina Maria de Bourbon-Duas Sicílias
As demais salas do palácio que ainda são abertas à visitação não possuem suas características originais preservadas, mas há alguns anos foi proposto um plano de restauração do Museu. O projeto foi iniciado e as pinturas originais descobertas, e por isso é possível ver alguns pequenos exemplos das mesmas, mas por falta de verba o plano foi paralisado. A sala da Imperatriz Thereza Cristina e seu oratório ainda possuem estuques e pinturas do teto originais e abrigam a coleção de múmias amazônicas. Já a sala do Trono e Sala dos Diplomatas são abertas para exposições temporárias e, mesmo em estado precário, ainda possuem as pinturas da época da coroação de D. Pedro II, pinturas de grande importância por serem em trompe-l’oeil gris (uma técnica de pintura que imita relevos) e ainda por utilizarem adesivos que ajudam na ilusão de que tudo ali é estuque, mas na verdade são pinturas 3D.
O visitante comum do Museu dificilmente repara nesses detalhes. Contudo, um pesquisador mais interessado poderia passar anos pesquisando a história do Palácio de São Cristovão e da Quinta da Boa Vista que iria descobrir coisas surpreendentes que acabaram ficando perdidas no tempo. Por essa razão, o escritório da Causa Imperial no Rio de Janeiro resolveu fazer esta visita ao atual Museu Nacional em memória ao Império do Brasil, findo há 120 anos, para que assim todos possam constatar quais os frutos estamos colhendo em conseqüência do golpe militar de 1889.
Para ver mais fotos, acesse este endereço.
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