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O Reino (ainda mais) UNIDO



Após escoceses rejeitarem por ampla vantagem a independência, Sua Majestade a Rainha Elizabeth II do Reino-Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte demonstra sua satisfação. 

Havíamos, na edição anterior, levantado alguns nomes dos possíveis Pretendentes ao Trono de uma possível Escócia independente, porém os escoceses disseram não à proposta.

Elizabeth II, com os trajes de Rainha da Escócia, portando o Colar da Ordem do Cardo.

Por volta das 6h locais (2h de Brasília), o 'não' vencia o 'sim' por 55,42% (1,914 milhão de votos) a 44,58% (1,539 milhão de votos), respectivamente.
A diferença vem surpreendendo especialistas, que esperavam uma disputa mais acirrada – voto a voto – com base nas últimas sondagens feitas por institutos de pesquisa.
Com base na apuração dos votos até agora, a BBC prevê a vitória do 'não', com 55% dos votos totais, contra 45% do 'sim'.
Mais de 4 milhões de pessoas – ou 97% do eleitorado – se registraram para votar no plebiscito. Pela primeira vez, eleitores de 16 e 17 anos também puderam participar da votação.
Segundo dados recém-divulgados, o índice de comparecimento às urnas beirou 90%.
Os eleitores tiveram de responder à seguinte pergunta: "A Escócia deve se tornar independente"?
O plebiscito começou às 7h locais (3h de Brasília) de quinta-feira e durou 15 horas, terminando às 22h locais (18h de Brasília).


Votação tranquila
A votação transcorreu tranquilamente em boa parte do dia nas 5.579 seções eleitorais espalhadas por todo o território escocês.
Segundo a Comissão Eleitoral, responsável pela votação, as seções eleitorais permaneceram cheias durante o dia, mas não houve registro de longas filas.
A polícia informou que duas pessoas foram detidas acusadas de envolvimento em episódios de agressão. Uma delas foi identificada como Marie Rimmer, de 67 anos, ex-líder trabalhista em Merseyside, na Inglaterra.
Centenas de apoiadores da independência permanecem reunidos na George Square, no centro de Glasgow, à espera do resultado.
No Twitter, o tenista escocês Andy Murray declarou seu apoio pela independência do país. O atleta havia se recusado a falar sobre sua posição publicamente.
O chefe do Executivo escocês, Alex Salmond, que lidera o movimento pró-independência, votou pela manhã em Aberdeenshire, no nordeste da Escócia.
Apesar de os dias exaustivos de campanha, Salmond afirmou que "conseguiu dormir" às vésperas da votação que selará o destino do país.
"Eu tive uma noite de sonho fantástica; trata-se de uma oportunidade única na vida; será um dia de que todos se lembrarão", afirmou.
Já o líder do não, Alistair Darling, foi recebido com gritos e vaias quando se apresentou para votar em Edimburgo.
"Estou me sentindo muito confiante. Trata-se de uma campanha muito longa, de dois anos e meio, paixões vieram à tona em ambos os lados e compreensivelmente, porque estamos falando da maior decisão da história deste país", disse.
"Mas estou certo de que ganharemos", acrescentou.


Fraude?
Autoridades da Escócia responsáveis pela contagem dos votos do plebiscito de independência estão investigando suspeitas de fraude eleitoral durante a votação.
São, ao todo, dez casos, todos relacionados ao crime de falsa identidade, quando as pessoas fingem ser outras para votar, antes de o eleitor verdadeiro aparecer.
Os episódios de fraude envolvem diferentes seções eleitorais do país.
Segundo as autoridades, a polícia acompanha de perto os casos.

Elizabeth II passa em revista às tropas escocesas.

Contagem
Após o encerramento da votação, as cédulas começaram a ser contadas em cada uma das 32 subdivisões administrativas da Escócia.
A contagem inclui os cerca de 790 mil votos enviados pelos Correios, o maior volume já verificado neste tipo de votação na história da Escócia.
Após a análise dos votos, um funcionário de cada subdivisão administrativa comunicará o resultado à diretoria do órgão central de contagem, em Edimburgo.
Concluída essa etapa, o resultado final será conhecido.

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