O corpo do Príncipe Jaime de Bourbon, Duque de Anjou, Chefe da Casa Real da França, será enterrado no Panteão Real da Espanha
O corpo de Sua Alteza Real o Príncipe Jaime Henri de Bourbon, Duque de Anjou, Chefe da Casa Real da França, Duque de Segovia e Infante da Espanha será transladado para o Panteão dos Infantes do Panteão Real do Monastério de El Escorial, na Espanha.
Filho de Sua Majestade Católica o Rei Alfonso XIII da Espanha (Rei da Espanha desde seu nascimento, Chefe da Casa Real da França desde 1936) e sua esposa Sua Majestade Católica a Rainha Victoria Eugênia; tornou-se o mais velho Capetiano, e portanto, Chefe da Casa Real da França com a morte de seu pai em 1941, quando passou a ser conhecido pelo Legitimistas franceses como Henri VI, Duque de Anjou.
Os restos mortais do Infante primeiramente repousaram na Suíça, onde morreu em 1975, sendo em 1985, após a Restauração da Monarquia na Espanha, transladados para a Espanha por desejo de seu sobrinho Sua Majestade o Rei Juan Carlos I. Seu corpo, seguindo o costume dos tempos dos Reis espanhóis da Casa de Habsburgo, foi depositado junto ao chamado "Pudridero dos Infantes", uma pequena sala onde os corpos são deixados sobre cal, afim de terem sua umidade totalmente drenada, e de onde saem apenas os ossos dos Infantes, que são depois transladados em definitivo para o Panteão, onde repousarão em pequenos túmulos (com menos de 1 metro de comprimento, por 50 cm de altura).
Estimasse que o tempo que os corpos dos membros da família real espanhola levem no "pudridero" seja entre 25 a 40 anos, "até que sejam reduzidos de tamanho, e que não desprendam mais nenhum mal odor", como conta o Frei José de Quevedo, Bibliotecário do Monastério Real de El Escorial.
Frei José de Quevedo contou ainda que o acesso ao "pudridero" é extremamente reservado aos monges agostinianos, que residam no Monastério Real.
O Panteão dos Infantes, onde o corpo do Duque de Anjou deverá repousar |
O translado, segundo o costume da Casa Real, não será acompanhado pela imprensa, nem pelo povo, nem ao menos por nenhum membro da Família Real: apenas um monge agostiniano, acompanhado de um médico (cuja função única será de testemunhar que a decomposição do corpo já se encerrou por completo), além de um agente do "Patrimônio Nacional" (órgão cuja função é de manter o patrimônio da Casa Real em funcionamento), um arquiteto (que deverá dirigir a desmontagem da parede do Panteão) e dois operários.
Vídeo do Panteão dos Infantes
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