A Saga dos Matarazzo iniciou-se com o Capostirpe Francesco Antonio Maria Matarazzo, filhos dos agricultores Leo de Costabile Matarazzo e Mariangela Javane. Nasceu em Castellabate, Itália, em 9 de março de 1854. Ainda jovem imigrou como um plebeu para o Império do Brasil, no ano de 1881, sendo que antes de seu nascimento, a família Matarazzo não era do círculo da Nobreza Européia.
Francesco não pertencia à nobreza italiana
nem à nobreza de outros países da Europa, no entanto, no Brasil, já bilionário,
alguns de seus filhos vieram a se casar com membros da alta nobreza italiana.
Entre os quais, suas filhas Olga e Cláudia Matarazzo, que casaram-se com
Francesco Ruspoli, 8º príncipe de Cerveteri, e o príncipe Giovanni Alliata Di
Montereale, respectivamente; e seus filhos Giuseppe e Attilio Matarazzo, casados
com Anna de Notaristefani dei Duchi di Vastogirardi e Adele dall'Aste
Brandolini, respectivamente. Para que não ficasse mal perante a nobreza, em
função de entes da alta nobreza italiana estarem casados com plebeus, as
referidas famílias nobres com que os filhos de Francesco Matarazzo estavam
casados fizeram um lobby em torno do rei Vítor Emanuel III da Itália. Da mesma
forma, Francesco Matarazzo fazia várias homenagens aos reis da Itália, como um
hospital construído na cidade de São Paulo, o Hospital Umberto I, fundado em
1904 e nomeado em homenagem ao rei Humberto I de Itália. Os referidos membros
da alta nobreza italiana recebem, então, várias respostas negativas por parte
do então rei italiano em relação ao conferimento de um título nobiliárquico a Francesco
Matarazzo.
Essas famílias da alta nobreza italiana buscavam, com o conferimento
de um título nobiliárquico ao pai dos consortes de seus filhos, amainar o
preconceito da nobreza europeia em relação aos consortes desses nobres. No
entanto, alguns anos depois a Itália entra na Primeira Guerra Mundial
(1914-1918). Nesse cenário, o monarca italiano disse que, por se tratar do pai
de consortes de membros da alta nobreza italiana, se Francesco Matarazzo doasse
milhões de dólares estadunidenses ao Reino da Itália, o monarca italiano
conferiria um título nobiliárquico ao mesmo. Após o envio de milhões de dólares
estadunidenses e demais mercadorias, Matarazzo recebe do rei Vítor Emanuel III
o título nobiliárquico de O Muito Honorável Conde Matarazzo, em 1917. No
entanto, o agora conde Matarazzo jamais seria considerado como membro da
nobreza por toda a nobreza europeia, somente os descendentes dos casamentos de
seus filhos e filhas com os referidos membros da alta nobreza italiana que, é
claro, são considerados membros. Por outro lado, com o título de nobreza,
Matarazzo viria a ser aceito pelos quatrocentões.
A importância de Francesco Matarazzo para o
cenário econômico do Brasil só é comparável à que teve o visconde de Mauá no
Segundo Reinado do Império brasileiro (1822-1889), tendo sido um dos marcos da
modernização do país.
Conde Francesco Matarazzo foi Cavaleiro da Grã-Cruz de Graça e Devoção da Ordem Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa, do antigo Principado de Mesolcina.
É comum se considerar que somente os dois filhos do I Conde de Matarazzo, Giuseppe e Attilio, se tornaram Nobres após a concessão do Condado pelo Rei da Itália, isso é devido ao fato de que foram os únicos a se casarem com mulheres oriundas de Casas Nobres italianas.
O II Conde de Matarazzo foi Giuseppe, nascido em 1877, falecido em 1972. Teve seu título de II Conde de Matarazzo alterado para II Conde de Matarazzo di Licosa (Carta Patente de 14 de Julho de 1927), sendo que foi feito Grã-Cruz de Graça e Devoção da Ordem Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa, da Casa Principesca de Trivulzio-Galli della Mesolcina.
Também o II Conde de Matarazzo di Licosa doi Cavaleiro da Graça Magistral da Soberana Ordem de Malta, Comendador da Ordem da Coroa da Itália, além de ser Cavaleiro da Ordem da Legião de Honra da França.
Casou-se com Anna de
Notaristefani, dos Duques de Vastogirardi, sendo que teve sete filhos:
Francesco, III Conde de Matarazzo di Licosa,
Conde Ferdinando, casado com Maria Teresa Giunta.
Condessa Filomena, casada com o Conde Gustavo Lovatelli,
Condessa Carmelam casada com o Duque Carlo Pignatelli delle Leonesa,
Conde Ermilino, casado com Lívia Dumontet,
Condessa Teresa,
Condessa Maria da Glória, casada com Piero di Transo.
O III Conde de Matarazzo di Licosa foi Francesco II Matarazzo, nascido em 17 de setembro de 1913, tendo falecido em Palermo, Itália, em 29 de julho de 1976. Casou-se com Maria Celeste Scomparin, falecida em 1942.
Francesco II Matarazzo, assim como seu pai e seu avô, foi Cavaleiro Grande Oficial de Graça e Devoção da Ordem Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa.
Teve dois filhos, Cláudio Matarazzo, IV Conde de Matarazzo di Licosa, e Anna Maria Matarazzo.
O IV Conde de Matarazzo di Licosa é Claudio Matarazzo, nascido em Roma, em 14 de março de 1964. Casado desde 1995 com Alessandra Rossi, nascida em 1966, é pai de uma filha, Condessa Margheritta Matarazzo.
Como o Conde Cláudio Matarazzo não tem filhos homens, é comum se aceitar que pelos critérios da Lei Sálica, seu herdeiro à Chefia do Condado de Matarazzo di Licosa e da Casa de Matarazzo seja seu primo Conde José II Matarazzo, nascido em São Paulo, Brasil, em 1978. Conde José II Matarazzo é filho do já falecido Conde José I Matarazzo, por sua vez filho do Conde Ferdinando Matarazzo, segundogênito do Conde Giuseppe Matarazzo, II Conde Matarazzo di Licosa.
Agradeço pela menção
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