Na festa do Santo Natal há várias noções que por assim dizer se superpõem. Antes de tudo, o nascimento do Menino Deus torna patente a nossos olhos o fato da Encarnação. É a segunda Pessoa da Santíssima Trindade que assume natureza humana e se faz carne por amor de nós. Ademais, é o início da existência terrena do Senhor. Um início refulgente de claridades, que contém em si um antegosto de todos os episódios admiráveis de Sua vida pública e privada. No alto desta perspectiva está sem dúvida a Cruz. Mas, nas alegrias do Natal mal divisamos o que ela tem de sofrimento. Vemos apenas jorrar do alto dela, sobre nós, a Redenção.
O Natal é assim o prenúncio da libertação, o sinal de que as portas do Céu vão ser reabertas, a graça de Deus vai novamente difundir-se sobre os homens, e a terra e o Céu constituirão outra vez uma só sociedade sob o cetro de um Deus Pai, e não mais apenas Juiz. Se analisarmos detidamente cada uma destas razões de alegria, compreenderemos o que é o júbilo do Natal, este gáudio cristão ungido de paz e de caridade que faz com que durante alguns dias todos os homens experimentem um sentimento bem raro nestes tristes dias atuais: a alegria da virtude.
Jesus Cristo nos veio mostrar que a graça abre para nós as veredas da virtude, que torna possível na Terra a
verdadeira alegria, que não nasce dos excessos e das desordens do pecado, mas do equilíbrio, da bem- aventurança, da ascese. O Natal nos faz sentir a alegria de uma virtude que se tornou praticável, e que é na
Terra um antegozo da bem-aventurança do Céu.
Durante todo 2013 tive a alegria de conhecer leais monarquistas que me enviaram mensagens pelo site da
Casa Imperial, que me vieram visitar ou que mandaram recomendações através de meus irmãos,
especialmente D. Bertrand e D. Antonio, em viagens pelo Brasil afora. Conheci assim o trabalho destes bravos conterrâneos, sua dedicação e seu desprendimento. Constatei que nossas fileiras multiplicaram-se
surpreendentemente e que podemos e vamos fazer muito mais juntos, apesar do Brasil estar sofrendo inúmeros embates e a impressão de que, por toda parte, seus inimigos se agigantam.
Agradeço a todos a imensa ajuda no sentido de manter intacta a Terra de Santa Cruz em sua integridade, em sua riqueza, em sua brasilidade, especialmente em sua Fé.
Em meu nome e de toda Família Imperial desejo a todos um Feliz e Santo Natal, e que o Ano Novo seja abençoado com as melhores graças do Menino Jesus e de sua Santíssima Mãe.
Sua Alteza Imperial o Senhor Dom Luiz de Bragança e Wittelsbach, Duque de Santa Cruz, Conde d'Eu
Chefe da Casa Imperial do Brasil, Príncipe do Brasil,
Infante de Portugal, Filho da França.
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